MADRID - A compra de 40% da unidade da espanhola Repsol no Brasil pela Sinopec por US$ 7,1 bilhões, anunciada nesta sexta-feira, é a segunda maior aquisição de companhias chinesas do setor de petróleo no exterior e o Brasil tem crescido em importância para a estratégia da China de expandir seu acesso a matérias-primas.
Segundo a consultoria americana Dealogic, US$ 4,3 bilhões em negócios envolvendo recursos naturais foram fechados até agora neste ano no Brasil, em comparação com US$ 362 milhões em 2009.
O diretor-geral da Sinopec, Su Shulin, confirmou em agosto que a companhia, controlada pelo governo, estava em negociações com a brasileira OGX Petróleo e Gás Participações sobre uma possível compra de ativos de petróleo offshore no Brasil.
Em maio, a Petrobrás também anunciou um acordo para obter um empréstimo de US$ 10 bilhões do Banco de Desenvolvimento da China, oferecendo em troca uma oferta de petróleo à Sinopec durante 10 anos. A estatal brasileira concedeu à Sinopec direitos de exploração de dois blocos de petróleo e gás natural em águas profundas no Brasil.
A maior aquisição de ativos de petróleo por uma companhia chinesa fora da China foi a compra da Addax Petroleum pela Sinopec por US$ 7,2 bilhões em 2009.
A Agência Internacional de Energia (AIE) afirmou, em junho, que investimentos de empresas chinesas do setor de petróleo no exterior vão provavelmente superar os US$ 18,2 bilhões investidos em 2009, e isso foi antes do anúncio do negócio entre a Sinopec e a Respol.
A Repsol e a chinesa Sinopec manterão seus respectivos planos de expansão no Brasil e participarão, em conjunto ou individualmente, em futuras rodadas de licitação no País, disse a companhia espanhola.
Fonte: Agência Estado
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