quarta-feira, 25 de maio de 2011

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China ganha seu primeiro restaurante digital

Localizado em uma movimentada região comercial de Pequim, o 99º é o primeiro "restaurante digital" da China, segundo seus responsáveis, pois possibilita que o cliente acesse o cardápio em uma grande tela instalada na mesa, onde é possível conferir, inclusive, o histórico do que já foi consumido.


De acordo com o gerente do local, Zhang Yue, a iniciativa partiu de uma empresa de informática que propôs a implantação do modelo americano no qual o cliente tem acesso a informações que até então ficavam restritas aos garçons e a funcionários do caixa.

"É um sucesso entre as crianças e os adolescentes", revelou Zhang, acrescentando que os clientes podem ainda jogar videogame ou simplesmente pedir um palito por meio dos computadores instalados nas mesas.

Apesar da inovação adotada pelo restaurante inaugurado há apenas três meses, Zhang descarta a implementação de tecnologias mais revolucionárias, como por exemplo a colocação de robôs para servir as mesas, já que acredita ser "impossível que o estabelecimento funcione sem os garçons tradicionais".

Fonte: Folha.com

terça-feira, 24 de maio de 2011

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Universidades da China continuam no topo em novo ranking asiático

A China continua liderando o ranking universitário de países asiáticos feito pela "QS" (Quacquarelli Symonds), um dos mais importantes que existem.


A HKUST (Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong) e a HKU (Universidade de Hong Kong) estão no topo da lista de instituições de ensino superior daquela região.

De acordo com nota divulgada pela "QS", as duas universidades são consistentes em todos os indicadores analisados.

O principal deles é a produção científica. A China tem aumentado significativamente sua quantidade de artigos científicos publicados.

O ranking "QS" também analisa critérios como internacionalização das universidades (quantidade de professores e de alunos estrangeiros) e número de citações dos artigos publicados pelas instituições.

JAPÃO TAMBÉM NO TOPO

Apesar de problemas econômicos recentes, o Japão também tem duas universidades entre as dez principais da Ásia -- uma delas entre as cinco primeiras.

Já a Índia perde posições no ranking "QS" por causa da baixa quantidade de citações. Ou seja: as universidades indianas aumentaram em produção, mas a pesquisa científica daquele país ainda tem pouco impacto.

De acordo com nota divulgada pela "QS", 20% das principais universidades asiáticas têm menos de 50 anos de idade. Uma delas é a própria HKUST, que tem apenas 20 anos.

A HKUST também está no topo do ranking asiático "THE", da Thomson Reuters, considerado um dos principais do mundo ao lado da "QS" e de outras listagens.

Já nos rankings mundiais, que contabilizam universidades de todas as regiões do mundo, a HKUST aparece em 40º lugar na "QS" e em 41º no "THE".

Os primeiros lugares das listas mundiais ainda são ocupados por instituições britânicas e dos EUA.

Fonte: Folha.com

segunda-feira, 23 de maio de 2011

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China prevê pior crise de energia elétrica desde 2004

Em meio a problemas na produção elétrica e a aumento na demanda, a China se prepara para enfrentar crescentes dificuldades de abastecimento durante o verão (que começa em julho).


Em várias regiões do país já há racionamento -caso de Changsha, capital regional no centro-sul onde foi proibido o uso de ar condicionado abaixo dos 26ºC.

O principal vilão é o custo crescente do carvão, responsável por 71% da matriz energética chinesa.

Desde o ano passado, o preço do combustível subiu por volta de 20%, enquanto a eletricidade não sofreu aumentos significativos -em Pequim, por exemplo, foi apenas 2%. Já a inflação acumulada dos últimos 12 meses está em 5,3%.

"Algumas empresas produtoras de energia estão com um grave deficit por terem perdido a capacidade de comprar carvão. Haverá falta de eletricidade quando os inventários acabarem", disse ontem à Folha, sob a condição de anonimato, um funcionário da ChinaCoal, estatal envolvida na produção e comercialização do carvão.

A culpa do aumento no preço do transporte é derivado da escalada do petróleo, de acordo com o analista Han Xiaoping, da consultoria www.china5e.com.

No lado da demanda, tem havido um aumento significativo de consumo, com a retomada de projetos suspensos no ano passado, quando a China fez um esforço para cumprir a meta quinquenal de aumentar a eficiência do uso de energia em 20%.

Na terça-feira, o Conselho Elétrico da China, formado por empresas produtoras, informou à imprensa local que o país deve "enfrentar sua mais dura falta de energia desde 2004" nos próximos meses. Já são vários os casos de medidas para racionar energia.

Na Província de Hunan (centro-sul), onde a falta de chuva diminuiu também a produção hidrelétrica, a cidade industrial de Xiangtan iniciou a política de "cinco dias ligado, dois dias desligado" para as fábricas.

Em Wuhan, no centro do país, a cidade ordenou o desligamento de escadas rolantes em centros comerciais e de luzes de adorno.

TRÊS GARGANTAS

Numa declaração rara de autocrítica, o governo chinês declarou ontem que a hidrelétrica de Três Gargantas, a maior do mundo, tem vários problemas "que demandam um solução rápida".

A nota afirma que a obra, encerrada em 2008, está provocando problemas ecológicos, como a poluição da água, aumentou o risco de acidentes geológicos e deslocou mais de 1 milhão de pessoas que ainda precisam de acompanhamento estatal.

Fonte: Folha.com

Explosão em fábrica da Foxconn na China deixa 2 mortos

Duas pessoas morreram e 16 ficaram feridas após uma explosão em uma fábrica da gigante da tecnologia Foxconn, fabricante, entre outros produtos, do iPad e do iPhone da Apple, informou a agência oficial chinesa "Xinhua" neste sábado.

O acidente aconteceu às 19h de sexta-feira (8h de Brasília) em uma fábrica na província sudoeste de Sichuan, pertencente a uma subsidiária da Foxconn, a Hongfujin Precision Electronics.

Três dos feridos estão internados em estado grave, destacaram fontes do governo local, que assinalaram que as causas do acidente ainda estão sendo investigadas.

A unidade foi inaugurada em outubro do ano passado, com um investimento de US$ 2 bilhões, e se dedica à produção de computadores portáteis.

A Foxconn, a maior fabricante de componentes eletrônicos do mundo, foi alvo de uma polêmica em 2010 após uma onda de suicídios em seus enormes complexos fabris na cidade de Shenzhen (sul da China), centro da indústria tecnológica do país.

Quatorze trabalhadores, em sua maioria jovens que haviam acabado de chegar à companhia procedentes de outras províncias chinesas, se suicidaram nessas fábricas, nas quais trabalham 400 mil dos 800 mil empregados da empresa na China.

A Foxconn produz 4% dos produtos que a China exporta, e fabrica componentes para multinacionais como Sony, Hewlett-Packard e Nintendo.

Fonte: Folha.com

domingo, 22 de maio de 2011

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Cidade chinesa realiza exposições de jade e laca


A cidade de Yangzhou, situada à margem do rio Yangtze, na Província de Jiangsu, leste da China, será anfitriã de duas exposições, uma de escultura em jade e outra de laca, entre 16 e 19 de abril.
Numerosas esculturas de jade e peças de laca nacionais e estrangeiras serão apresentadas durante a 6ª Exposição de Esculturas em Jade da China e a Exibição de Laca da China 2011 na Galeria de Arte de Yangzhou.

Com uma área de 8.000 metros quadrados, as duas exibições atrairão mais de cem empresas.


Yangzhou é famosa por suas esculturas em jade, uma arte com 5 mil anos de história. A técnica floresceu especialmente durante as dinastias Han (206 a.C. - 220 d.C), Tang (618 d.C - 907 d.C) e Qing (1644 d.C - 1911 d.C).

O estilo artístico da laca de Yangzhou também ganhou uma reputação enorme tanto no país como no exterior.

Ambas as artes de Yangzhou são tombadas como Patrimônio Cultural Intangível da China.


Liu Aiguo, diretor da Companhia de Artes e Ofícios de Yangzhou, disse que algumas obras de destaque serão concedidas como prêmio durante as exposições.

Até agora, cerca de 450 peças de jade e 180 de laca foram inscritas nos dois eventos.

Fonte: CRI On Line

sábado, 21 de maio de 2011

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Dia de Qingming, festa e costume

As festas procedem dos mitos ou vice-versa. Os mitos geram as festas. Isto ocorre em todos os países e a China não é uma excepção. Num país de civilização milenar como a China, todas as festas, sobretudo as tradicionais, têm origem em tradições antiquíssimas ou lendas belas e comoventes. O Dia de Qing Ming, que cai anualmente no dia 4 ou dia 5 de abril, é uma delas.


Devem perceber logo que não se utiliza a palavra Festa e em vez desta se utiliza Dia. Os chineses costumem chamar quase todas as datas que merecem a comemoração como Jie, isto é, Festa na tradução literal, por isso, a data que se apresenta hoje chama-se em chinês Qing Ming Jie, que significa na tradução literal, Festa de Qing Ming, ou Festa da Claridade. Mas, a data não é uma festa comemorada com cantos e danças, e muito longe disso, é comemorada sempre com certa tristeza e com saudades para os entes queridos falecidos. De fato, é o Dia de Finados da China ou Dia de Qing Ming.

"Chove sempre na temporada de Qing Ming,
As pessoas, a caminho, têm vontade de morrer.
Pergunta onde fica a taberna,
E o menino-pastor indica a aldeia de Xing Hua."

Estes versos escritos por Du Mu, famoso peota chinês do século 9, descreve o ambiente e o sentimento humano tradicional nesta data.

Qing Ming é uma das 24 seções que se divide o ano agrícola chinês pelo calendário lunar. A tradução literal do termo seria a "luz pura" ou "claridade". Neste período, isto é, fins de fevereiro do calendário lunar, coincidindo com o fim de março e o início de abril do calendário solar, costuma-se chover na maior parte da China e a temperatura começa a subir depois de um inverno rigoroso. As sementes germinam, as plantas voltam a brotar e os agricultores retomam os cultivos, razão pela qual a data se chama também de Dia dos Trabalhos Agrícolas. Além disso, as frequentes chuvas que caem nesse período favorecem a arborização. Todos os anos, por volta dessa data, pessoas de todos os setores sociais participam da campanha de arborização.

Nessa data, os chineses ainda têm o costume de render homenagens a seus ancestrais e entes falecidos e de passear pelo campo. É tradição na China respeitar os idosos e cultuar os mortos. No Dia de Qingming, os familiares vão ao cemitério para homenagear os entes queridos, limpar as ervas daninhas que nascem ao redor de suas tumbas e acrescentar-lhes terra, além de queimar incensos e fazer oferendas de comidas e dinheiro simbólico, em sinal de saudade e respeito.

O período de Qingming, quando as plantas começam a brotar e os ramos de salgueiros tornam-se verdes, é o melhor momento para passear pelo campo coberto pela vegetação verdejante. Nos tempos antigos, quando da passagem desse período, os chineses costumavam fazer excursões às zonas afastadas das cidades e colocar ramos de salgueiro no cabelo. O intuito era afugentar demônios e desgraças e pedir por uma vida de paz e felicidade.

A cremação vem substituindo o enterro tradicional, motivo pelo qual as tumbas nos cemitérios nos arredores de cidades vêm diminuindo sensivelmente. No entanto, a tradição de prestar homenagem aos falecidos e de fazer excursões ao campo se mantém entre a população. No Dia de Qingming, muitas pessoas ainda reverenciam os ancestrais ou entes falecidos, e não perdem a oportunidade de ir ao campo respirar ar fresco e apreciar as paisagens pitorescas emolduradas pelo céu azul, matas verdes e pelo despertar das flores.

Fonte: CRI On Line

sexta-feira, 20 de maio de 2011

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Suposto aluguel de Cidade Proibida para festas causam polêmica na China

Um palácio na Cidade Proibida, em Pequim, na China, estaria sendo usado como uma espécie de clube exclusivo por pessoas ricas, segundo denúncias da imprensa chinesa.


As autoridades que administram o palácio negaram as denúncias, mas, segundo a imprensa do país, é possível comprar o acesso e receber amigos e familiares em uma parte restaurada do Palácio Jianfu, dentro do complexo da Cidade Proibida.

Segundo estas denúncias, o acesso para o clube exclusivo dentro do palácio custaria US$ 150 mil (cerca de R$ 245 mil).

O Palácio Jianfu (Palácio da Felicidade Estabelecida, em tradução livre), foi construído em 1740 pelo imperador Qianlong. Esta parte da antiga residência do imperador chinês foi destruída em 1923 por um incêndio cuja causa não foi descoberta.

Durante seis anos o palácio foi restaurado com dinheiro doado por um empresário de Hong Kong.

As denúncias geraram uma onda de críticas na internet e vem depois de duras críticas contra a administração da Cidade Proibida após o furto de obras de arte em um museu do complexo na semana passada.

FORMULÁRIO

Um internauta anônimo chegou a divulgar o que afirma ser o formulário para se juntar ao clube e ter acesso ao Palácio Jianfu. O número de fax no formulário está registrado como o de uma companhia responsável pela manutenção do palácio.

"Um guia turístico estrangeiro me disse, com orgulho, que tinha acabado de organizar um jantar em família para um bilionário americano (no palácio)", escreveu o apresentador de televisão Rui Chenggang em seu blog.

Mas, as autoridades responsáveis pela Cidade Proibida negam todas as alegações e afirmam que o Palácio Jianfu é usado para exposições, seminários e entrevistas coletivas, além de receber dignatários estrangeiros.

"Não pode e não poderia ser usado como um clube privado de alta classe para pessoas ricas", de acordo com a declaração publicada no blog oficial da Cidade Proibida.

O complexo da Cidade Proibida é formado por palácios, jardins e pátios. Foi transformado em um museu em 1921, depois da queda do último imperador chinês, Puyi, uma década antes.

Desde a semana passada, o local está passando por problemas depois do roubo de sete obras de arte do Museu do Palácio Imperial, que fica dentro do complexo. As obras tinham sido emprestadas de uma coleção particular de Hong Kong.

As autoridade do complexo admitiram que roubo ocorreu devido a uma falha na segurança.

Fonte: BBC Brasil

quinta-feira, 19 de maio de 2011

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Explosão de melancias preocupa fazendeiros chineses

Fazendeiros no leste da China estão perplexos após melancias de suas plantações terem começado a explodir.


Uma investigação feita pela mídia estatal chinesa revelou que milhares de metros quadrados de plantações estão sendo perdidos por causa do problema.

Um programa da Televisão Central da China atribuiu o problema ao uso excessivo de um produto químico que ajuda a fruta a crescer mais rápido.

Mas especialistas em agricultura não foram capazes de explicar por que frutas que teriam sido cultivadas sem produtos químicos também explodiram.

Eles mencionaram as condições climáticas e o tamanho anormal das frutas como possíveis causas.

SEMENTES IMPORTADAS

De acordo com a agência chinesa de notícias Xinhua, 20 fazendeiros de uma cidadezinha na província de Jiangsu plantaram sementes de melancia importadas do Japão. Dez deles disseram que suas frutas tinham começado a explodir.

O agricultor Liu Mingsuo disse à Xinhua que mais de dois terços de suas frutas haviam explodido.

Ele contou que, no dia 6 de maio, aplicou um produto químico para estimular o crescimento das frutas.

Liu disse que, no dia seguinte, mais de 180 melancias explodiram.

Porém, segundo relatos, do grupo de dez fazendeiros cujas frutas explodiram, Liu teria sido o único a usar produtos químicos para ajudar o crescimento das melancias.

Outro fazendeiro, Wang Dehong, que vem cultivando melancias há 20 anos, não consegue entender por que suas frutas teriam explodido. Ele disse não ter usado produtos químicos.

Engenheiros agrônomos que investigam o incidente não conseguiram explicar o fenômeno.

A China aprovou o uso de produtos que estimulam o crescimento em quantidades limitadas. Até o presente, testes mostram que o produto usado pelos fazendeiros é seguro, informou a Xinhua.

Entretanto, à medida que aumenta a preocupação do público com segurança em alimentos, especialistas defendem a introdução de um sistema de controle de qualidade, detalhando cada estágio da cadeia alimentar e mantendo o público informado.

Fonte: BBC Brasil

quarta-feira, 18 de maio de 2011

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Morre panda gigante mais velha do mundo, na China

A panda gigante Ming Ming, considerada a mais velha do mundo, morreu, informou a mídia estatal chinesa nesta terça-feira.


Ela tinha 34 anos e teria morrido de velhice e problemas renais no dia 7 de maio, segundo o Centro de Proteção ao Panda da China, em Sichuan.

Ming Ming viveu bastante tempo para a espécie. Pandas selvagens costumam viver 15 anos, enquanto aqueles em cativeiro vivem 22, em média.

A panda vivia no safári Xiangjiang World Animal World, em Guangdond, desde 1998, mas também havia passado por zoológicos em Londres e na Irlanda.

Fonte: Folha.com

Clube com mais brasileiros é o líder do Campeonato Chinês

Enquanto Shandong Luneng de Obina patina, o clube que mais contratou brasileiros lidera o Campeonato Chinês, que conta com 16 equipes.

Com seis rodadas, o Guangzhou Evergrande soma 14 pontos, quatro à frente do Shandong, e tem o artilheiro do campeonato, o brasileiro Cléo, que atuava na Sérvia, com cinco gols. O time conta com Renato Cajá (ex-Botafogo), Muriqui (ex-Atlético-MG) e Paulão (ex-Grêmio).


É a primeira vez que vários brasileiros vindos de grandes clubes atuam ao mesmo tempo na China. Antes, o país era representado por nomes desconhecidos, como Marcelo Marmelo e Everson Ratinho.

Tecnicamente inferior a Coreia do Sul e Japão, o futebol chinês sofreu escândalos de manipulação de resultados que terminaram com a prisão de árbitros e até de dois vice-presidentes da Associação de Futebol da China.

O país tem liga profissional desde 1994 e só foi uma vez à Copa do Mundo, em 2002. No grupo do Brasil, caiu logo na primeira fase, sem marcar gols.

Fonte: Folha.com

terça-feira, 17 de maio de 2011

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China vai investir US$ 8 bi no Brasil em 2011, diz Pimentel

O ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) anunciou nesta segunda-feira que a China vai investir US$ 8 bilhões no Brasil em 2011. A informação foi dada após reunião com o ministro do Comércio chinês, Chen Deming, no Ministério do Desenvolvimento.

Esse valor já inclui os investimentos que serão feitos pela Foxconn no país para a montagem do iPhone e iPad em sua fábrica em São Paulo --a previsão é de que somem US$ 12 bilhões (R$ 19 bilhões) em cinco anos no país.

"O número que nós estamos estimando é em torno de US$ 8 bilhões em investimentos chinês esse ano. Contando aí já a primeira parte da Foxconn", declarou Pimentel.

Pimentel disse ainda que o Brasil deve aumentar em 20% suas exportações para a China. O país asiático é atualmente o principal parceiro comercial do Brasil e, em 2010, importou R$ 30,8 bilhões em produtos brasileiros.

"O nosso comércio com a China está aumentando muito. A nossa previsão é aumentar mais de 20%. Este ano estamos prevendo passar isso aí para US$ 37 bilhões. É um volume significativo. É o nosso principal parceiro comercial", afirmou o ministro.

Mais cedo, após encontro no Palácio do Itamaraty, o ministro chinês disse que a China planeja investimentos na ordem de US$ 1 bilhão no Brasil --não foram considerados os números da Foxconn.

"Sei que empresários chineses têm um foco no Brasil. Já investiram na Europa, agora estão com outro foco", disse.

Atualmente, o investimento chinês fora da China já atinge US$ 59 bilhões, e a promessa do ministro é de que cresça cada vez mais rápido.

Segundo Deming, a área primordial para os chineses será de infraestrutura, sobretudo energia. Ele disse que existe um interesse chinês em linhas de transmissão, um dos gargalos no setor no Brasil. O ministro citou ainda investimentos em ferrovias, portos e comunicações.

Deming disse ainda que existe o interesse da empresa Sany Heavy Industry, de máquinas para construção civil, em investir US$ 200 milhões no Brasil.

De acordo com Pimentel, a Sany Heavy Industry já está em contato com uma prefeitura no sul de Minas Gerais para a construção de um fábrica neste local. Pimentel disse que essa empresa está de olho na demanda que vai surgir com a exploração do pré-sal.

Fonte: Folha.com

Ex-Palmeiras, Obina enfrenta barreiras para viver na China

Dono da camisa 10, Obina desembarcou na China como ídolo do atual campeão chinês, o Shandong Luneng.

Porém o isolamento numa cidade praticamente sem estrangeiros tem sido um duro teste para o atacante baiano e para sua família.


Já são dois meses em Jinan, uma nada cosmopolita cidade de 2 milhões de habitantes a 500 km ao sul de Pequim. Obina (ex-Flamengo, Palmeiras e Atlético-MG) veio com a mulher, Luciene, e a filha de quatro anos, Sayonara.

A minúscula comunidade brasileira tem o zagueiro Renato Silva, 27, ex-São Paulo, que vive um drama pessoal: a mulher, Vanessa, está grávida e decidiu voltar ao Rio para ter o bebê, que deve nascer em julho. Ela planeja retornar sete meses depois. Será um baque para todos. A mais extrovertida é também a única que fala inglês. "Eu me sinto como o centro do grupo, a que tem de estar atenta a tudo", revelou.

A Folha acompanhou a vitória do time de Obina por 1 a 0 contra o Jiangsu, no último dia 7. O jogo foi no bem cuidado estádio da cidade. Com capacidade para 40 mil pessoas, teve um público de só 10.156 pagantes num sábado à tarde. Todos sob a forte vigilância tanto de policiais como de militares fardados.


A torcida parece gostar de Obina, artilheiro do clube neste ano, com cinco gols. Naquele dia, mesmo entrando só no segundo tempo e com uma atuação discreta, foi o único da equipe a ser homenageado com duas faixas e ter seu nome gritado pela pequena torcida organizada.

"O Obina não está gordo, ele é forte", disse o torcedor Ma Liandao, que foi ao estádio com a bandeira do Brasil, ecoando na China uma crítica recorrente ao longo da carreira do atacante de 28 anos.

Dentro de campo, as primeiras semanas foram mais difíceis. A má atuação no primeiro mês fez até surgirem rumores na imprensa local de que o jogador era na verdade um irmão de Obina.

A situação melhorou com os gols. Entre outros, anotou dois numa mesma partida do Campeonato Chinês e ainda fez um de letra pela Copa dos Campeões da Ásia.

O time, porém, está em crise. Eliminado logo na primeira fase da Copa dos Campeões asiática, principal objetivo do ano, acaba de demitir o técnico croata Branko Ivankovic, com quem Obina e Renato se comunicavam por meio de dois intérpretes: do croata ao mandarim e do mandarim ao espanhol. Não há tradutor para o português.

"O tradutor é apenas na hora de falar com o treinador", diz Obina. "Eu não sei nem qual é a posição do Shandong no campeonato [está em oitavo], não dá pra ver a tabela nos jornais."

"A tradução muitas vezes é ruim", conta Renato. "Uma vez o intérprete me disse: 'Você tem de cabecear'".

Fora do clube, a barreira da língua é ainda maior. Para ir às compras, as mulheres vão apenas com um motorista, que não fala inglês.

"Somos mestres em mímica", diz Vanessa. "Quando vou pedir carne, falo 'muu', e 'no au-au'", conta. Todos moram em apartamentos do próprio clube, num prédio longe de áreas comerciais, mas ao lado do centro de treinamento.

Sem canais em português e com uma TV a cabo que quase nunca funciona, a diversão de Obina e Renato tem sido o vídeo game XBox, que jogam em linha com Ricardo, jogador português.
A comida é um capítulo à parte. "Eu, que sou baiano, me surpreendi com a pimenta. A comida deles é mais quente", falou Obina.

Depois de uma frustrada incursão a uma churrascaria chinesa, onde havia até couve-flor no espeto, o grupo só come em três restaurantes da cidade: McDonald's, Pizza Hut e um de comida italiana. A maior parte das refeições é feita em casa.

Obina e Renato, no entanto, já são até veteranos se comparados ao atacante neozelandês Shane Smeltz. Contratado em julho do ano passado, ele se apavorou ao conhecer Jinan. Aguentou apenas cinco dias na cidade.

Fonte: Folha.com