segunda-feira, 17 de outubro de 2011

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Taiwan quer acordo de paz com a China dentro de dez anos

Taiwan cogita assinar um acordo de paz com a China dentro de dez anos, desde que o povo taiwanês concorde e haja suficiente confiança mútua, disse o presidente Ma Ying-jeou nesta segunda-feira.


Taiwan e China se separaram em 1949, quando nacionalistas chineses se refugiaram na ilha, fugindo da revolução comunista. A China ainda hoje considera Taiwan como uma "província rebelde," e não descarta o uso da força para recuperá-la.

Houve uma reaproximação depois da posse de Ma, em 2008, mas ainda há tensões militares, e o presidente taiwanês, candidato à reeleição em janeiro, sofre pressão para adotar uma posição mais rígida frente a Pequim.

"Sob as condições de um alto nível de consenso entre o povo de Taiwan e de suficiente confiança entre os dois lados, consideraríamos um tratado de paz com a China dentro de dez anos", disse Ma a jornalistas.

O governo diz que a atual aproximação com a China continental é economicamente benéfica e contribui para a paz. Já a oposição afirma que essa política dá influência demais a Pequim e seria o primeiro passo para uma reunificação.

Na semana passada, durante as celebrações do centenário da rebelião que derrubou o regime imperial chinês, o governo chinês alertou Taiwan a não declarar oficialmente a independência e defendeu a "reunificação por meios pacíficos".

Ma, por sua, vez pediu à China que adote a democracia e a liberdade, e "encare a existência" de Taiwan.

Fonte: Folha.com

Vale e BHP mudam negociação e preço do minério deve cair mais

As mineradoras Vale e BHP Billiton estão mudando a maneira de negociar a venda de minério de ferro e as novidades devem dar volatilidade ao mercado, com preços recuando ainda mais no curto prazo, avaliam analistas consultados pela Reuters.

As grandes mineradoras estão ajustando as formas de negociar o produto, buscando apaziguar as posições de seus principais clientes.

Segundo uma fonte do mercado que pediu para não ser identificada, a Vale resolveu flexibilizar uma cláusula contratual que impedia que variações de até 5% nos preços do minério no mercado à vista -- spot --, para baixo ou para cima, fossem repassadas para o preço acertado em contratos trimestrais.

"Consultei a Vale nas últimas semanas e eles disseram que poderiam rever esta cláusula", disse.

Em condições normais, contratos trimestrais são baseados na média de preços à vista em um período de três meses até um mês antes do começo de cada trimestre.

O preço no quarto trimestre poderia ficar estável, considerando a cláusula, mas sem ela os valores poderiam cair.

CHINA

Fontes na China disseram na última semana que a Vale também estaria oferecendo a seus clientes a possibilidade de mudar a precifiação do quarto trimestre para uma base de preços à vista de outubro a dezembro.

Isso faria com que os valores pudessem refletir mais rapidamente a queda no mercado à vista, praticamente descartando o sistema de ajustes trimestrais instalado há pouco tempo.

De acordo com o analista Raphael Biderman, superintendente da área de metais da Bradesco Corretora, a Vale sempre oferece a seus clientes de contratos firmes a chance de migração para o mercado à vista.

Procurada, a mineradora informou que não comentará o assunto.

A tonelada do minério de ferro entregue na China, no mercado à vista, está cotada nesta segunda-feira em US$ 153,4, queda de 15% ante os US$ 181 no dia 7 de setembro, antes do recrudescimento da crise.

O preço no mercado à vista reflete a incerteza sobre demanda global de aço.

Fonte: Folha.com