
No final dos anos 1970, os pintores passaram a enxergar a realidade como assunto de composição e a tratar temas rurais com as técnicas do super-realismo. Pai, de Luo Zhongli, e O Tíbete em série, de Chen Danqing, foram as obras mais representativas desse período.

Luo Zhongli foi admitido em 1978 pela Faculdade de Pintura a Óleo da Academia de Belas Artes de Sichuan. Já no segundo ano de estudos se destacou pela obra Pai, peça de super-realismo, que ganhou o primeiro prêmio na II Exposição Nacional de Belas Artes da Juventude. Hoje, o objeto faz parte da coleção da Galeria Nacional de Belas Artes. Nela o artista descreve a figura de um velho e simples camponês com um pano na cabeça. A utilização do super-realismo dá mais vitalidade e autenticidade à pintura: um pai laborioso com rugas no rosto, típico aldeão chinês que entra num lugar repleto de visitantes. O humanismo que a obra revela é muito diferente do heroísmo das figuras da época da Grande Revolução Cultural, frequentemente refletida pela arte. Esta pintura, caracterizada pelo realismo e temas referentes à vida popular, marcou um novo período para a arte no país.

Além do Pai, existe outro conjunto de obras famosas, também consideradas pilares na história moderna das belas artes: O Tibete em série (1980), criadas por Chen Danqing. Antes de começar o trabalho, o pintor viajou ao Tibete em duas ocasiões, onde permaneceu durante o verão e o inverno, com o propósito de enriquecer seus conhecimentos sobre a vida no planalto. A série contém seis pinturas que retratam de maneira delicada a vida cotidiana dos tibetanos. O ambiente rústico e honesto dos habitantes da região conseguiu atrair fortemente os visitantes.
Continua...
Fonte: CRI On Line
0 comentários:
Postar um comentário