
Em outubro passado, Xiaobo chorou ao saber que havia recebido este reconhecimento e o dedicou "aos mártires de Praça da Paz Celestial", em referência ao massacre cometido em 1989 pelo Exército chinês a milhares de estudantes que pediam reformas democráticas na China.
O ativista, de 54 anos, cumpre condenação de 11 anos de prisão desde 2009 por ter pedido avanços democráticos em seu país.
Em artigo publicado neste domingo no britânico "The Observer", Desmond Tutu e Vaclav Havel fazem um chamado às autoridades chinesas para que libertem o dissidente.
"Embora ele só seja um dos 1,3 milhão [de casos], a história do premiado com o Nobel da Paz este ano, Liu Xiaobo, é tristemente emblemática porque demonstra a intolerância a expressão individual do governo chinês", lamentam Tutu e Havel.
Os dois elogiaram no artigo o desenvolvimento da China nos últimos anos, mas apontam que o apoio desse país "aos regimes abusivos e a força brutal com a qual oprime aos dissidentes dentro de suas próprias fronteiras demonstra que é necessário uma reforma substancial, se China quer ser vista, dentro da comunidade internacional, como um líder autêntico".
Fonte: Folha.com
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