quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Mandarim continua a crescer

Crescimento da economia chinesa impulsiona procura por idioma, especialmente no mercado asiático.



Em uma pequena rua na Chinatown de Singapura, Fu Xianling, fundador de uma empresa de educação em idiomas chamada “New Concept Mandarin”, quer aumentar seu escritório. Fu quer expandir seus negócios para tentar competir com a empresa líder do setor, Rosetta Stone. A demanda por seu produto aumentou 20% nos últimos dois anos.

Com o crescimento da economia chinesa, o interesse no idioma mandarim também vem aumentando. O governo chinês estima que cerca de 40 milhões de pessoas estudam mandarim fora do país — em 2005, eram apenas 30 milhões. O mercado de trabalho apertado do Ocidente é parcialmente responsável. De acordo com uma pesquisa conduzida por Rosetta Stone em setembro, 58% dos norte-americanos acredita que a falta de domínio de idiomas estrangeiros dos trabalhadores nativos levará estrangeiros a tomarem os empregos com salários mais altos.

“A recessão fez as pessoas se focarem nos locais de onde o crescimento virá”, afirma Tom Adams, executivo-chefe da firma. Entre os clientes corporativos do programa de vários idiomas da empresa, o número daqueles aprendendo mandarim aumentou 1,800% entre 2008 e 2010.

A Ásia continua sendo o mercado central. A “Beijing Language and Culture University Press”, maior editora de livros em chinês, afirma que a Coreia do Sul e o Japão são seus maiores clientes. O número de indonésios estudando em instituições chinesas aumentou 42% entre 2007 e 2009, de acordo com a embaixada chinesa em Jacarta. Em setembro, o ministro da Educação da Índia propôs aulas de mandarim em escolas públicas.

Contudo, o mandarim deve continuar crescendo. Nos Estados Unidos, apenas 4% das escolas ensinam o idioma. Na Grã-Bretanha, embora o mandarim esteja crescendo, as línguas mais populares continuam sendo espanhol, francês e alemão. Há um longo caminho a ser percorrido antes que a língua principal da China se torne tão abrangente quanto sua influência econômica.

Fonte: www.opiniãoenotícia.com.br

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