A produção industrial da China cresceu no menor ritmo em mais de dois anos e a inflação desabou em novembro, com a piora das condições econômicas, gerando expectativa de que Pequim adote mais estímulos monetários.
Dados divulgados nesta sexta-feira mostraram que a expansão da produção industrial desacelerou para 12,4% no mês passado --a menor taxa desde agosto de 2009--, abaixo da previsão de 12,8%.
A inflação anual na China tombou em novembro para 4,2%, o menor nível desde setembro de 2010 e ligeiramente abaixo das expectativas. Foi a primeira vez desde fevereiro que a inflação ficou abaixo em menos de 5%.
A inflação tem caído rapidamente desde julho, quando atingiu 6,5%, o maior patamar em três anos. Esse esfriamento permitiu que Pequim mudasse sua posição de política monetária para oferecer apoio à economia, especialmente porque a alta dos preços está agora mais perto da meta de 4% para 2011 como um todo.
As vendas no varejo aumentaram 17,3% em relação a um ano atrás, ligeiramente ultrapassando o ritmo de 17,2% registrado em outubro e contrariando economistas, que esperavam desaceleração para 16,9%.
O crescimento econômico da China desacelerou em três trimestres consecutivos e economistas esperam amplamente que a expansão de 2012 fique abaixo de 9% pela primeira vez desde 2001, conforme o país sente o impacto da crise de dívida da zona do euro e do enfraquecimento da demanda vinda dos Estados Unidos.
O Gabinete Político do Partido Comunista, a principal instância dirigente do país, afirmou que o governo da China continuará a aplicar uma política monetária "prudente" e uma política orçamentária de apoio à economia em 2012, informou a agência oficial Xinhua.
O anúncio precede uma reunião sobre a política econômica que o próprio Gabinete Político convocou para a próxima quarta-feira.
Fonte: Folha.com
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